domingo, 27 de junho de 2010

Improviso para não sentenciar o vento...

Por vezes pedem-me uma opinião
uma crítica
eu respondo sempre
que não comento poesia
não sou professor de literatura
nem aspirante a porteiro da fama
basto-me como as crianças
com gostar ou não gostar
da substância e do cheiro das palavras
e mais não digo
a poesia
respeita-se simplesmente assim
como as mãos sempre únicas
de quem a esculpe
e os seus gemidos.

Ademar
02.05.2010


Improvisación para no sentenciar al viento...

A veces me piden una opinión
una crítica
yo respondo siempre
que no comento poesía
no soy profesor de literatura
ni aspirante a portero de la fama
me basta como a los niños
con que me guste o no me guste
la substancia y el olor de las palabras
y no digo más
la poesía
se respeta simplemente así
como las manos siempre únicas
de quien la esculpe
y sus gemidos.

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