Não empurres as ondas com o olhar
não perturbes ainda mais o seu embalo
faz-me companhia na proa do vaporetto
acordar-te-ei apenas no instante preciso de acostarmos
essa azáfama de barcos e de vidas
essa teia de memórias de tantas descobertas
o cais que nos espera os canais
e as águas tão sujas
antes de nos lavarmos delas
tens a pele tão branca
quando a lua começa a confundir-se com o teu corpo
que adormece nas minhas mãos.
Ademar
09.08.2008
Improvisación para que regresemos a Venecia...
No empujes las olas con la mirada
no perturbes aún más su balanceo
hazme compañía en la proa del vaporetto
te despertaré solo en el instante preciso en que nos acerquemos
a ese ajetreo de barcos y de vidas
esa red de recuerdos de tantos descubrimientos
el muelle que nos espera los canales
y las aguas tan sucias
antes de que nos lavemos de ellas
tienes la piel tan blanca
cuando la luna empieza a confundirse con tu cuerpo
que se duerme en mis manos.
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