quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Improviso para explicar por que não há poemas, nem amantes perfeitos...

Se eu tivesse mais vidas para dispor
disporia desta
como se fosse apenas a primeira
e tu indefesa me esperasses no regresso
de todas as viagens que não chegarei a fazer
já não tenho cama em que te deite
mas apenas altares ou proas de fantásticas embarcações
chegando e partindo
e esta é a vida sabes? a única vida
em que ousaria adorar-te
não há poemas nem amantes perfeitos
e só tu aliás os reconhecerias.

Ademar
08.08.2008


Improvisación para explicar por qué no hay poemas, ni amantes perfectos...

Si yo tuviera más vidas de las que disponer
dispondría de esta
como si fuera unicamente la primera
y tú indefensa me esperaras al regreso
de todas los viajes que no llegaré a hacer
ya no tengo cama en la que acostarte
sino solo altares o proas de fantásticas embarcaciones
que llegan y zarpan
y esta es la vida ¿sabes? la única vida
en la que osaría adorarte
no hay poemas ni amantes perfectos
y solo tú además los reconocerías.

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