No parque das monções
nunca descures a orientação do vento
não me peças que explique
o sentido destes versos
nunca peças aliás o bilhete de identidade
ou o passaporte
à mulher ou ao homem que te bata à porta
numa noite de insónias
recorda-te sempre
que nada existe para fazer sentido
senão para os controladores do tráfego aéreo
e os moralistas
não mordas a língua quando beijes
o átomo do desejo
aponta a objectiva do telemóvel e fotografa-o
para o álbum da primavera
que não mostrarás a ninguém
digo-te
escreves de mais
ou
vives de menos.
Ademar
19.05.2008
Improvisación atómica...
En el parque de los monzones
nunca descuides la orientación del viento
no me pidas que explique
el sentido de estos versos
nunca pidas por cierto el carné de identidad
o el pasaporte
a la mujer o al hombre que llame a tu puerta
en una noche de insomnio
recuerda siempre
que nada existe para que tenga sentido
sino para los controladores del tráfico aéreo
y los moralistas
no te muerdas la lengua cuando beses
el átomo del deseo
apunta al objetivo del móbil y fotografíalo
para el álbum de la primavera
que no le enseñarás a nadie
te digo
escribes de más
o
vives de menos.
Memoria
Há 5 anos
Sem comentários:
Enviar um comentário