quarta-feira, 21 de março de 2012

Improviso para mãos e cordas...

Nunca reparei em Veneza
nas estrelas
nunca lhes senti a falta
ou o apelo
as estrelas são almofadas
em que deitamos os olhos
quando os sentimos
ainda mais vazios por dentro
em Veneza
nenhum universo me pareceu mais estreito
do que as mãos
que se recusam a morrer.

Ademar
24.03.2009


Improvisación para manos y cuerdas...

Nunca me fijé en Venecia
en las estrellas
nunca sentí su falta
ni su llamada
las estrellas son almohadas
en las que acostamos los ojos
cuando los sentimos
aún más vacíos por dentro
en Venecia
ningún universo me pareció más estrecho
que las manos
que se niegan a morir.

Sem comentários: