quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Improviso para dizer, simplesmente, que a poesia não serve para nada...

Desempregados da vida
os poetas não aspiram a empregos
nem a futuros que a economia consagre
a poesia só gere mais valias
no mercado das incertezas
é um recolhimento interior
uma sombra no deserto
um cântico silencioso
que só ouve quem desce
ao lugar mais grávido de si.

Ademar
24.10.2008


Improvisación para decir, simplemente, que la poesía no sirve para nada...

Desempleados de la vida
los poetas no aspiran a empleos
ni a futuros que la economía consagre
la poesía solo administra plusvalías
en el mercado de las incertidumbres
es un recogimiento interior
una sombra en el desierto
un cántico silencioso
que solo oye quien desciende
al lugar más preñado de sí.

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