sexta-feira, 8 de abril de 2011

Improviso para desesperar milagres...

Todos os passos hoje me doem
arrasto uma parte de mim
em direcção ao que não sei
as mãos viajam nas palavras
e tropeçam nas palavras
e caem nas palavras
as janelas não abrem
para fora nem para dentro
nem as portas
não entra ninguém
e eu espero sempre
devo ter vocação para cais
os barcos morrem lentamente nos meus olhos
soletro uma vez mais o pôr-do-sol.

Ademar
04.11.2007


Improvisación para desesperar milagros...

Todos los pasos hoy me duelen
arrastro una parte de mí
en dirección a lo que no sé
las manos viajan en las palabras
y tropiezan en las palabras
y caen en las palabras
las ventanas no abren
hacia fuera ni hacia dentro
ni las puertas
no entra nadie
y yo espero siempre
debo de tener vocación de muelle
los barcos mueren lentamente en mis ojos
deletreo una vez más la puesta de sol.

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