quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Improviso para explicar tudo ao contrário...

Antologia poética (449)...

A porta abre-se para o mar
e é do mar que tu vens
como se os teus braços fossem ondas
e tudo afinal fizesse sentido
nessa ausência ilíquida de formas
um corpo suspenso sobre um horizonte
de renúncias
a âncora subindo de ti
em direcção às nuvens que te esperam
e a bússola talvez nos teus olhos
parada exactamente nesse ponto
em que tudo começa.

Ademar
15.08.2006


Antología poética (449)...

Improvisación para explicarlo todo al revés...

La puerta se abre al mar
e es del mar de donde vienes
como si tus brazos fuesen olas
y todo al final tuviese sentido
en esa ausencia ilíquida de formas
un cuerpo suspendido sobre un horizonte
de renuncias
el ancla subiendo de ti
en dirección a las nubes que te esperan
y la brújula tal vez en tus ojos
parada exactamente en ese punto
en el que todo empieza.

Sem comentários: