domingo, 1 de agosto de 2010

21.05.2006

Antologia poética (356)...

Improviso para cadáver e trompa...

Se olhares bem para dentro de mim
verás
sou um cemitério de corpos
um daqueles castelos abandonados
da bretanha
que já só os fantasmas habitam
entre retratos sem moldura
assinaturas quase ilegíveis
um cheiro intenso a mortalidade
que a memória distraída vai desfolhando
talvez ainda me pertenças
neste rasto de imprecisões
perdi-te algures
morri nos teus braços.

Ademar
21.05.2006


Antología poética (356)...

Improvisación para cadáver y trompa...

Si miras bien hacia dentro de mí
verás
soy un cementerio de cuerpos
uno de aquellos castillos abandonados
de la bretaña
que ya sólo los fantasmas habitan
entre retratos sin moldura
firmas casi ilegibles
un olor intenso a mortalidad
que la memoria distraída va deshojando
tal vez aún me pertenezcas
en este rastro de imprecisiones
te he perdido en alguna parte
me he muerto en tus brazos.

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