domingo, 1 de agosto de 2010

19.05.2006

Antologia poética (358)...

Improviso sobre uma fotografia de Carmel Skutelsky...










Já fui o tronco
que te arrancou ao silêncio da terra
já imobilizei os teus braços
e lentamente desenhei nas minhas mãos
as raízes do teu corpo
morres agora de excesso
por todo o tempo que te fizeram perder
e eu volto a ser o monstro ou a fera
que te espreita e protege
à direita da tela
entre os olhos perfurantes da noite
talvez o leão que ainda não conseguiste desvendar
dentro de ti.

Ademar
19.05.2006


Antología poética (358)...

Improvisación sobre una fotografía de Carmel Skutelsky...
Ya fui el tronco
que te arrancó del silencio de la tierra
ya inmobilicé tus brazos
y lentamente dibujé en mis manos
las raíces de tu curpo
te mueres ahora de exceso
por todo el tiempo que te han hecho perder
y yo vuelvo a ser el monstruo o la fiera
que te acecha y protege
a la derecha del lienzo
entre los ojos penetrantes de la noche
tal vez el león que aún no has conseguido desvendar
dentro de ti.

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