sábado, 14 de agosto de 2010

15.06.2006

Antologia poética (386)...

Improviso diurno para dizer improbabilidades...

Um último café
um último cigarro
um último gole de whisky
e uma vez mais
Salve Regina
Haydn para amantes silenciosos
e improváveis
como foram sempre todos os amantes
que nunca chegaram a ser
não voltarei a dizer-te os poemas
que nem tu sabias
que tinham sido escritos para ti
não voltarei a acampar nos teus desertos
a fugir das palavras com que me acenavas
da outra margem dos dias envergonhados
morri precisamente na hora em que nasceste.

Ademar
15.06.2006


Antología poética (386)...

Improvisación diurna para recitar improbabilidades...

Un último café
un último pitillo
un último trago de whisky
y una vez más
Salve Regina
Haydn para amantes silenciosos
e improbables
como han sido siempre todos los amantes
que nunca han llegado a ser
no volveré a recitarte los poemas
que ni tú sabías
que habían sido escritos para ti
no volveré a acampar en tus desiertos
a huir de las palabras con que me hacías señas
desde la otra orilla de los días tímidos
me he muerto precisamente a la hora en que has nacido.

Sem comentários: