quinta-feira, 12 de agosto de 2010

18.06.2006

Antologia poética (383)...

Improviso sobre uma condição feminina...

Arrastas por vezes o corpo
como se ele te pesasse
e dia a dia
pesas sempre um pouco menos
do que antes
já não é o corpo que te pesa
nem a alma
mas a imponderabilidade do género
nasceste do lado errado
do espelho da humanidade
ou talvez
numa espécie de fronteira interior
entre seres macho ou fêmea
falta-te apenas um sexo
para fundires o desejo em ti própria.

Ademar
18.06.2006


Antología poética (383)...

Improvisación sobre una condición femenina...

Arrastras a vezes el cuerpo
como si te pesara
y día a día
pesas realmente un poco menos
que antes
ya no es el cuerpo lo que te pesa
ni el alma
sino la imponderabilidad del género
naciste del lado equivocado
del espejo de la humanidad
o tal vez
en una especie de frontera interior
entre ser macho o hembra
te falta unicamente un sexo
para fundir el deseo en ti misma.

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