segunda-feira, 16 de agosto de 2010

04.11.2006

Improviso para anoitecer...

Obscureço
inesperadamente obscureço
sobro-me pelo filamento de uma vela
e o horizonte muito próximo
de um cigarro que arde ainda entre dedos
faróis que riscam a noite ausente
um silêncio que quase ensurdece
já só posso ver-me a um único espelho
estas palavras que me tremem nos olhos
que importa que me leias
se não acrescentas luz
à escuridão em que me vagueias?

Ademar
04.11.2006


Improvisación para anochecer...

Oscurezco
inesperadamente oscurezco
me quedo en el filamento de una vela
y el horizonte muy cercano
de un cigarrillo que arde todavía entre dedos
faros que rasgan la noche ausente
un silencio que casi ensordece
ya sólo me puedo ver en un único espejo
estas palabras que me tiemblan en los ojos
¿qué importa que me leas
si no añades luz
a la escuridad en que me dejas?

Sem comentários: