sábado, 5 de junho de 2010

17.01.2010

Improviso atmosférico...

Não tenho corpo para te servir
à mesa das palavras
apenas memórias de gestos
que ainda poderiam tocar-te
numa península onde só coubéssemos nós
descontados de todas as sombras
há destinos excessivos
que nos atravessam nas âncoras
do tempo
e nos morrem nas mãos
como ondas imaginárias
não tenho corpo para te servir
à mesa das palavras
apenas essa ausência.

Ademar
17.01.2010


Improvisación atmosférica...

No tengo cuerpo para servirte
en la mesa de las palavras
apenas memorias de gestos
que aún podrían tocarte
en una península donde sólo cupiésemos nosotros
descontados de todas las sombras
hay destinos excesivos
que nos atraviesan en las anclas
del tempo
y se nos mueren en las manos
como olas imaginarias
no tengo cuerpo para servirte
en la mesa de las palabras
apenas esa ausencia.

3 comentários:

Maria José Meireles disse...

a presença da tua ausência me basta...

Sun Iou Miou disse...

Isso até parece calma, Maria.

Beijo
María

Maria José Meireles disse...

e é, María.

Beijo
Maria